Você com certeza consome o glúten no seu dia a dia, principalmente por meio de cereais como o trigo, o centeio, a cevada e o malte, correto? No entanto, algumas pessoas possuem dificuldades ao processar essa proteína no organismo, gerando reações alérgicas. Isso é resultado da doença celíaca.

Seus primeiros sintomas começam logo na primeira idade, se manifestando de um aos três anos, logo quando a criança começa a ter uma dieta mais rica. Mesmo assim, alguns só sabem desse problema já na fase adulta da vida. Ou seja, essas pessoas passaram um longo período consumindo glúten, apresentando os sintomas e agravando a doença.

Para se ter uma ideia, somente no Brasil, o mal acomete mais de 2 milhões de pessoas, cerca de 10% da população. Esse dado é de acordo com a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra).

Mas, como saber qual o diagnóstico da doença? Quais os sintomas e os cuidados que devem ser tomados após sua constatação? Se você também quer descobrir as respostas para essas perguntas, basta seguir o texto. Boa leitura!

O que é a doença celíaca?

A doença celíaca pode ser definida como autoimune. Isso significa que, quando o glúten entra em contato com o organismo, as próprias células de defesa imunológicas agridem outras células, causando reações inflamatórias, principalmente na região do intestino delgado. Como consequência, diminui a absorção de outros nutrientes.

Como citado no início deste artigo, a doença celíaca é mais comum em crianças, mas também pode se manifestar na fase adulta. Alguns podem apresentar poucas reações ou quase nenhuma. Quer saber quais são os principais sintomas? Veja no tópico abaixo.

Quais os principais sintomas?

Os sintomas e suas intensidades podem variar de organismo para organismo. No entanto, alguns se repetem na maioria dos casos, sendo eles: diarréia ou prisão de ventre, vômitos, anemia, perda de peso, cólica, sensação de cansaço e dificuldade de crescimento, no caso de crianças.

Ainda de acordo com a Fenacelbra, outros sintomas comuns são (lembrando que uma pessoa pode apresentar apenas um ou o conjunto deles):

  • Distensão abdominal
  • Dor abdominal
  • Depressão
  • Desnutrição com déficit de crescimento
  • Anemia ferropriva não curável
  • Emagrecimento e falta de apetite
  • Baixa estatura
  • Irritabilidade
  • Osteoporose
  • Mancha nos dentes
  • Esterilidade
  • Abortos de repetição
  • Doenças neurológicas

Como atestar o diagnóstico?

Existem alguns exames que atentam se um paciente possui a doença celíaca ou não. Todos eles são protocolados pelo Sistema Único de Saúde – SUS e devem passar pelo aval de um profissional. Confira quais são:

Exames de sangue

Esse exame costuma ser o primeiro exame solicitado pelo médico responsável, justamente por ser mais simples. Ele exige, apenas, que o paciente fique oito horas de jejum prévio. Mas, de todos os que serão apresentados, ele é o menos eficaz. Por isso, não deve ser feito isoladamente.

Os exames são:

  • Dosagem de imunoglobulina IgA;
  • Anticorpo antitransglutaminase IgA e IgG.

Exame histopatológico para doença celíaca

O exame histopatológico possui alta tecnicidade, sendo realizado para analisar microscopicamente um tecido para a detecção de lesões ou alterações. Com isso, ele consegue atestar a causa de uma doença.

No caso da doença celíaca, esse exame pode ser realizado por meio de uma biópsia, retirando uma amostra do intestino delgado. Se danos no aparelho digestivo forem constatados, o diagnóstico para a doença será positivo. Caso contrário, as hipóteses são descartadas.

Ele também envolve:

  • Endoscopia com biópsia do bulbo, segunda e terceira porções do intestino delgado, no mínimo 4 amostras;
  • Contagem de linfócitos infiltrados;
  • Classificação das lesões segundo Marsh.

Teste genético

O teste genético leva em consideração dados genéticos para evidenciar a doença por meio de mutações no DNA. Se forem encontradas modificações nos genes HLA-DQ2 e HLA-DQ8, a doença celíaca é confirmada.

Existem fatores de risco?

No caso da doença celíaca, o principal fator de risco é predisposição genética. Ou seja, pessoas que possuem celíacos na família têm maior risco de desenvolver a doença.

Quais alimentos permitidos e não permitidos?

Existem alimentos permitidos e proibidos para quem vive com a doença celíaca. A lista abaixo foi disponibilizada pela Fenacelbra e pode ser conferida na íntegra clicando aqui.

FONTE: https://blog.diagnosticosdobrasil.com.br/doenca-celiaca/